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Médica examinando a mama após a mamoplastia

O que esperar da recuperação e dos resultados de uma mamoplastia redutora

Contribuindo com a parte estética e determinados incômodos provocados por seios muito grandes, a mamoplastia redutora é um procedimento importante para readequar o volume ou a forma das mamas.

No entanto, é natural que surjam dúvidas sobre esse tipo de intervenção, assim como acontece com qualquer outro procedimento cirúrgico. Por isso, vale a pena esclarecer aspectos relativos aos cuidados necessários na recuperação e entender melhor quais resultados são possíveis por meio dessa abordagem.

Objetivos e indicações de uma mamoplastia redutora

A lista de desconfortos causados por mamas grandes pode ser bastante extensa. Muitas vezes, encontrar uma peça de roupa que proporcione acomodação e sustentação já é um desafio considerável.

Logo, é natural que essas mulheres tenham dificuldade em realizar uma série de atividades rotineiras no dia a dia por conta do impacto que isso traz à autoestima.

Em paralelo, o volume excessivo também influencia em outros aspectos do bem-estar físico, conforme reforça a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Os problemas mais comuns são dores no pescoço, nos ombros e nas costas.

Dessa forma, a mamoplastia redutora pode ser indicada para remover o excesso, reposicionar e modelar o tecido mamário em busca de uma aparência harmoniosa e um maior conforto. O procedimento também é indicado quando há:

  • limitação à prática de exercícios físicos;
  • depressão nos ombros (postura inadequada) onde as alças do sutiã passam devido ao peso da mama;
  • irritações na pele abaixo da dobra do seio;
  • flacidez da mama e posição dos mamilos que causa incômodo;
  • aparência das aréolas excessivamente alargada.

Por outro lado, várias circunstâncias podem postergar a cirurgia ou mesmo contraindicar sua realização.

As mais frequentes são a falta de parâmetros mínimos de saúde, que prejudicam a recuperação, um processo de perda de peso em curso, a perspectiva de amamentar e a idade.

Principais etapas do procedimento cirúrgico

Depois da conversa com o cirurgião sobre a abordagem necessária para a redução das mamas, ele fornecerá orientações básicas sobre como se preparar para a cirurgia. É necessário, por exemplo, interromper o tabagismo e revisar as medicações utilizadas diariamente. O procedimento é realizado em um centro cirúrgico, com a paciente sob anestesia geral.

Existem diversos tipos de incisão possíveis, podendo se limitar ao redor da aréola, ter forma de “T” ou assemelhar-se a uma fechadura. Com os cortes feitos, o médico responsável consegue ter acesso à área necessária para remover excessos e reposicionar os tecidos desejados.

Eventualmente, a chamada mastopexia pode ser realizada em complemento, utilizando recursos similares para corrigir o caimento da mama.

Leia também: Como funciona o procedimento para remoção de próteses de silicone?

Recomendações para o pós-operatório

Um ponto muito importante é que será preciso permanecer alguns dias em repouso completo, o que implica no afastamento do trabalho e de outras obrigações.

Além disso, todas as áreas manipuladas através das incisões são cobertas com pontos, gazes e faixas, inclusive para sustentar a mama. Em determinado momento, um sutiã especial pode ser utilizado, enquanto um dreno (tubinho de plástico para eliminar o líquido das feridas) costuma ser necessário.

Novamente, o médico é o responsável por recomendações personalizadas. Porém, as mais comuns nessas situações envolvem a limitação dos esforços físicos com os braços (levantar peso, dirigir etc.) e o uso de medicamentos específicos para controle da dor e de possíveis infecções, bem como a atenção aos curativos.

Entre a segunda e a terceira semana do pós-operatório, a mulher pode retomar suas atividades de maneira limitada e ainda mantendo os cuidados adequados. Isso pode se estender até um intervalo de quatro semanas.

Adicionalmente, durante todo esse período, é importante ter um acompanhamento profissional de perto e qualquer intercorrência (dor excessiva, sangramento, sinais infecciosos, inchaços etc.) ser comunicada o quanto antes à equipe.

Todas essas exigências após a mamoplastia redutora não são mero capricho: além de ajudar na preservação do bem-estar da mulher, elas contribuem para os resultados satisfatórios do procedimento.

Perspectivas de resultados da mamoplastia redutora

A aparência das mamas obtida com a cirurgia tende a ser duradoura. A partir disso, depois da plena recuperação, será possível notar:

  • redução no volume das mamas, com reposicionamento do mamilo e da aréola;
  • melhora no formato dos seios;
  • diminuição nas dores e desconfortos associados às mamas exageradamente grandes;
  • ampliação do bem-estar geral, graças ao aumento da autoestima e satisfação com a própria imagem.

Todavia, vale ressaltar que o resultado da mamoplastia redutora pode sofrer pequenas influências da ação do tempo, das variações de peso ou mesmo de flutuações hormonais comuns às mulheres. Toda dúvida sobre o tema deve ser esclarecida junto ao mastologista.

Já ouviu falar em seroma? Então aproveite para saber mais sobre essa complicação comum no pós-operatório de cirurgias nas mamas.

Médica mastologista especializada em reconstrução mamária. Além de sua prática clínica, Dra. Brenda atua como mastologista no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, é preceptora da residência médica de Mastologia na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-UNIFESP) e membro titular da Sociedade Brasileira de Mastologia. | CRM-SP 167879 / RQE – SP Cirurgia Geral: 81740 / RQE – SP Mastologia: 81741

ps.in@hotmail.com

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