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Mulher olhando no espelho a queda de seu cabelo

Por que o cabelo cai na quimioterapia e como lidar?

A queda de cabelo ocorre durante a quimioterapia porque o tratamento tem por finalidade destruir células que se multiplicam rapidamente. Entenda esse processo.

Receber o diagnóstico de câncer, causa um forte impacto emocional e psicológico nos pacientes, além de uma série de dúvidas e incertezas. Uma dúvida recorrente entre pacientes é se o cabelo cai na quimioterapia.

O tratamento quimioterápico é uma das possibilidades disponibilizadas atualmente pela Ciência para buscar a cura e o alívio dos sintomas dos mais diversos tipos de câncer.

Os tratamentos para o câncer que envolvem o uso de medicamentos, como quimioterapia, terapia alvo, hormonioterapia, assim como a cirurgia e radioterapia podem acarretar efeitos colaterais variáveis entre as pacientes.

A queda de cabelo, ou alopecia, é um dos efeitos colaterais que podem surgir após a quimioterapia, bem como da radioterapia.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), os medicamentos utilizados no tratamento quimioterápico se misturam à corrente sanguínea sendo levados a todas as partes do corpo, destruindo as células doentes que estão formando o tumor e impedindo, também, que se espalhem.

A perda dos fios ocorre porque o tratamento tem por finalidade destruir células que se multiplicam rapidamente, característica comum às células das raízes de cabelo.

Fatores como toxicidade e tipo de medicação utilizadas na quimioterapia, após iniciado o tratamento, terão influência quanto a queda do cabelo.

Na maioria dos casos, a queda começa a ocorrer de duas a três semanas depois da primeira sessão de quimioterapia. Mas é preciso que os pacientes saibam que, normalmente, os fios voltam a crescer dois meses após a última sessão de quimio.

Leia também: Câncer de mama tem cura, sim!

O cabelo cai na quimioterapia sempre?

O câncer é uma das principais causas de morte no mundo. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a mortalidade por câncer nas Américas deve chegar a 2,1 milhões de pessoas até 2030.

Contudo, é preciso que fique claro que a queda de cabelo não é um dos sintomas da doença e sim consequência do tratamento por meio da quimioterapia. A queda de cabelo depende do tipo de quimioterapia administrado, nem todas as medicações terão este efeito colateral.

Como já dissemos, a queda de cabelo está relacionada com a toxicidade e o tipo de medicamentos presentes na quimio. O organismo de cada paciente reage de um modo diferente a esses medicamentos, podendo ocorrer ou não a alopecia.

O paciente deve estar ciente que após a quimio, a queda de cabelo pode ocorrer em todo o corpo, incluindo:

  • Cabeça
  • Rosto
  • Braços
  • Pernas
  • Axilas
  • Região pubiana

É possível evitar a queda de cabelo durante o tratamento?

Com o avanço da tecnologia e da medicina, existe atualmente uma estratégia para diminuir ou mesmo evitar a queda do cabelo com a quimioterapia.

Por meio do uso de aparelhos similares a toucas, conhecidos como touca Inglesa, é possível resfriar o couro cabeludo durante a realização da quimioterapia, o que contrai os vasos sanguíneos reduzindo o alcance dos medicamentos no folículo piloso e reduzindo a queda.

Bons resultados são alcançados com a utilização desses aparelhos em tratamentos quimioterápicos menos intensos.

O uso dessas toucas não é recomendado em casos de câncer de pele ou linfomas, pois pode aumentar as chances de recidiva da doença no couro cabeludo.

Outro avanço da medicina é a imunoterapia, um tipo de tratamento contra o câncer que, ao contrário da quimioterapia, não tem como efeito colateral a queda de cabelo.

Na imunoterapia, o próprio sistema imunológico do paciente é estimulado para combater a doença de forma menos tóxica.

Contudo, o tratamento com imunoterapia ainda não se mostra eficaz em todas as pacientes e também pode acarretar outros efeitos adversos que devem ser observados.

Veja também: Câncer de mama e autoestima

Lidando com a queda de cabelo e fortalecendo a autoestima

O cabelo é um dos símbolos mais fortes da feminilidade em nossa sociedade, talvez por isso a queda capilar seja um dos efeitos do tratamento para o câncer que mais afetam a autoestima das pacientes.

Muitas pacientes chegam a antecipar o processo de queda e optam por raspar os cabelos como forma de motivação para enfrentar o tratamento contra o câncer.

É aconselhável sempre tirar todas as dúvidas e esclarecer com o médico especialista responsável pelo tratamento todos os efeitos possíveis de serem enfrentados com a quimioterapia.

Do mesmo modo, conversar com um terapeuta ou com alguém que passou por uma experiência semelhante são ações que podem ajudar a lidar de uma melhor forma com a perda do cabelo e proporcionar um maior conforto emocional para a paciente.

Dialogar com familiares, em especial com as crianças, para que estejam preparadas para as mudanças na aparência também é de grande importância.

Para reavivar a vaidade e o bem-estar, muitas pacientes optam por usar lenços, chapéus, perucas ou apliques.

Uma boa dica, caso a paciente escolha usar perucas ou apliques, é escolher antes da queda do cabelo, sempre se certificando de que é confortável e não machuca o couro cabeludo.

Alguns cuidados devem ser tomados com o cabelo e o couro cabeludo durante o tratamento quimioterápico, entre eles:

  • Prefira shampoos com formulações suaves
  • Escolha uma escova macia para pentear o cabelo remanescente
  • Quando estiver ao ar livre, sempre faça uso do protetor solar no couro cabeludo
  • Em dias mais frios, cubra a cabeça para evitar a perda de calor corporal
  • Não seque o cabelo em altas temperaturas
  • Não utilize produtos químicos
  • Prefira fronhas de tecidos macios

Com o fim da quimioterapia e o nascimento de novos fios, é possível que a paciente note diferenças entre o cabelo que tinha anteriormente ao tratamento.

Isso deve-se à recuperação das agressões sofridas pelo folículo capilar com a quimio. Normalmente, essas alterações são passageiras e o cabelo tende a retornar ao aspecto original.

O bem-estar físico e emocional deve ser a meta prioritária da paciente. Seja raspando os cabelos, ou utilizando lenços e perucas, o mais importante é lembrar que independente da aparência, você é uma mulher forte que está enfrentando uma grande batalha pelo bem mais precioso: a vida.

Cuide -se e pratique o amor-próprio!

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