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Quais são as principais características de um carcinoma tubular da mama?

Por atingirem menos pacientes em comparação a outras manifestações da doença, é comum que tipos mais raros de câncer de mama não recebam a mesma atenção quando se fala sobre o assunto. Exemplo disso é o chamado carcinoma tubular da mama.

Na prática, as evidências mostram que esse tipo de neoplasia representa menos de 2% de todos os casos diagnosticados. Ainda assim, vale sempre entender melhor quais são as suas características, fatores de risco, formas de diagnóstico e tratamento disponíveis.

O que diferencia um carcinoma tubular da mama de outros tumores?

Como você provavelmente já sabe, um câncer é resultado da multiplicação desordenada de células de um tecido do corpo. Contudo, isso nem sempre acontece de forma igual em todos os casos da doença. Por isso é que se fala em diferentes tipos de câncer de mama.

Na prática, no momento do diagnóstico de um tumor nas mamas, o médico patologista é o responsável por analisar o material coletado na biópsia e identificar que tipo de célula cancerígena predomina naquela amostra. Então, desse modo é possível classificar a doença.

Assim sendo, a palavra carcinoma diz respeito aos tumores que têm início nas células epiteliais (que revestem a parte externa de várias áreas do corpo). Em geral, a maioria dos tumores na mama é um carcinoma.

Entretanto, as células cancerígenas podem se proliferar além disso, atingindo outros tecidos, o que faz com que alguns tumores sejam classificados como invasivos. Um tumor invasivo da mama pode ter origem nos ductos mamários (que levam o leite materno até os mamilos) ou nos lóbulos (que produzem o líquido), o que é mais raro.

Com isso em mente, um carcinoma tubular é um subtipo raro de carcinoma ductal invasivo, cuja principal característica vista ao microscópio pelo patologista é o grande acúmulo de células epiteliais em formato de túbulos. Essas células diferenciadas respondem por mais de 90% da massa do tumor.

O câncer de mama tubular geralmente apresenta um bom prognóstico após o tratamento, pois suas células tendem a ser de baixo grau e a crescer lentamente. O grau é um sistema utilizado para classificar as células cancerosas de acordo com sua diferença em relação às células normais da mama e sua taxa de crescimento. O prognóstico é particularmente promissor quando o câncer é do tipo “puro” tubular, ou seja, não está misturado com outros tipos de câncer de mama.

Embora seja mais comum em mulheres acima dos 50 anos, um carcinoma tubular pode atingir pacientes de qualquer idade. Similarmente a outros tipos de tumor nas mamas, suspeita-se que ele surja a partir da combinação de inúmeros fatores, que envolvem aspectos genéticos, ambientais e relativos ao estilo de vida do indivíduo.

Quais são os sintomas e formas de diagnóstico desse tipo de tumor?

Os sintomas de um carcinoma tubular da mama também costumam ser bastante parecidos com aqueles percebidos em outros tipos de câncer nessa parte do corpo. Dessa forma, a paciente pode notar:

  • A presença de um nódulo palpável na mama.
  • Inchaço em toda ou em parte da mama.
  • Irritação na pele ou sensação de que ela está com aspecto de casca de laranja.
  • Vermelhidão, descamação ou espessamento da pele da mama, mamilo e aréola.
  • Dor nas mamas.
  • Mamilo invertido.
  • Corrimento mamilar (exceto, claro, de leite materno).

Nesse ínterim, diante de um ou mais dos sinais e sintomas listados acima, a recomendação é procurar ajuda médica. A partir disso, o profissional pode fazer a avaliação para descartar ou confirmar o diagnóstico de um câncer de mama.

Os métodos de diagnóstico de carcinomas tubulares são aqueles normalmente adotados em outras neoplasias da mama. Ou seja, são combinados exames de imagem com, eventualmente, uma biópsia.

Confirmada a presença do tumor, é feito o estadiamento da doença, assim com outras análises que permitem saber informações importantes sobre a doença (como tamanho, estágio e a expressão de receptores hormonais ou do HER2).

Saiba: Entenda o que é um câncer de mama HER positivo e o que isso representa para a paciente

Quais os tratamentos disponíveis e as perspectivas de prognóstico?

Com todas essas informações em mãos, o médico pode definir as melhores abordagens terapêuticas para o carcinoma tubular da mama. Quase sempre, a cirurgia para remover o tumor costuma ser a primeira linha de tratamento. A técnica e a extensão do procedimento variam caso a caso.

Adicionalmente, depois da cirurgia podem ser propostos tratamentos adjuvantes. Eles são indicados com o intuito de reduzir o risco de que a doença volte. Por um lado, a quimioterapia não costuma ser indicada nesses casos. Por outro, a hormonioterapia tende a oferecer bons resultados, visto que é comum que um carcinoma tubular expresse receptores hormonais.

No fim, a boa notícia é que mulheres diagnosticadas com um carcinoma tubular da mama costumam ter bons prognósticos. Com os tratamentos adequados, a sobrevida livre de doença em cinco anos pode ser superior a 90% e, em dez anos, a taxa de sobrevida tende a ser similar daquela de pessoas que nunca tiveram a doença.

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