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Mulher negra com braço levantado

Entenda quando um caroço na axila deve ser sinal de alerta

Caroço na axila? Embora isso nem sempre seja algo grave, veja qual a hora certa de procurar ajuda médica para avaliar a causa do problema

Por diversas razões, e em diferentes fases da vida, a mulher pode se deparar com a presença de um caroço na axila. Essa alteração também é chamada de nódulo. Em muitos casos eles são tão pequenos que passam despercebidos. Em outros, têm tamanho considerável e podem crescer à medida que o problema evolui.

Além disso, por mais que nem sempre esse tipo de formação represente risco, em alguns contextos uma atenção maior pode ser necessária. Logo, vale entender melhor que condições podem fazer com que os nódulos surjam e o que deve ser feito quando isso gera preocupação.

Quais as principais explicações para um caroço na mama? A formação de um caroço na axila pode ser resultado de condições dermatológicas, distúrbios autoimunes ou ainda do inchaço nos linfonodos (que também são conhecidos como gânglios linfáticos e desempenham função essencial no sistema imune, drenando a linfa).

No caso de problemas dermatológicos, não é raro que os caroços apareçam devido a uma reação alérgica. Ademais, cistos das glândulas sebáceas e condições crônicas (como a hidradenite supurativa) podem provocar o desenvolvimento de um nódulo.

É relativamente comum também que mulheres apresentem formações de acordo com as variações do ciclo menstrual. Nesses casos, o caroço tende a ser mais maleável e macio, desaparecendo em poucos dias. Em geral, isso não deve ser motivo de preocupação.

Por outro lado, quando o nódulo na região é resultado do inchaço nos linfonodos, pode ser preciso avaliar mais de perto a situação. Essa condição recebe o nome de linfadenopatia axilar palpável. Entre as características do problema estão:

  • Caroço visível na região da axila, geralmente com mais de 2 centímetros ou que estejam crescendo com o tempo;
  • Calombos sob a pele na mesma região;
  • Dor e sensação de formigamento;
  • Febre decorrente de inchaço causado por infecção viral ou bacteriana.

Em alguns casos, esse problema tem natureza benigna e é temporário. Até mesmo a aplicação de determinadas vacinas (como a de Covid-19) pode gerar o aparecimento de um nódulo na axila. Entretanto, em determinados quadros o caroço pode indicar um problema de saúde mais sério.

Veja também: O que nódulos na mama podem indicar e quando é preciso se preocupar com eles?

Quando procurar ajuda médica?

Dependendo da idade e de uma série de outros fatores (como histórico familiar e hábitos de vida), cresce o risco de que o caroço na axila represente um problema grave, incluindo um câncer de mama. Assim, alguns sinais podem indicar a necessidade de procurar ajuda médica para que uma investigação seja feita. Entre eles estão:

  • Presença de um nódulo que cresce rapidamente ou que apresenta mudanças de forma e textura;
  • Vermelhidão e sensação de calor na pele da região afetada;
  • Presença de qualquer tipo de secreção na região;
  • Dor.

Diante desses sintomas, o médico deve avaliar a área afetada e pode solicitar uma série de exames laboratoriais e de imagem para averiguar a causa do nódulo. Se ele julgar necessário, uma biópsia pode ser feita. Desse modo, uma amostra de células é coletada e enviada para a análise de um médico patologista.

A partir desses resultados é que serão indicadas as melhores alternativas de tratamento conforme a condição identificada. Quando a alteração é provocada por uma infecção ou uma doença autoimune, o médico pode receitar medicamentos para lidar com o problema, por exemplo. Com isso, o caroço tende a desaparecer. Pode ser também que nada precise ser feito, mantendo apenas um acompanhamento periódico.

O médico pode chegar à conclusão de que o inchaço está associado a presença de um câncer de mama. Nesses casos, ele encaminhará a paciente para um oncologista. Com o tumor confirmado, o nódulo pode ser sinal de que ele já avançou pelo sistema linfático e atingiu outras partes do corpo.

O tratamento de uma condição maligna na mama depende do estágio em que ela foi diagnosticada. Os tratamentos mais comuns envolvem a combinação de quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e imunoterapia, por exemplo. Ademais, podem ser indicados procedimentos cirúrgicos, incluindo aqueles indicados para a remoção dos linfonodos.

Em que casos é necessário passar por uma cirurgia axilar devido a um câncer na mama?

Uma cirurgia para remoção de linfonodos pode se restringir à remoção dos chamados linfonodos sentinelas. Esse recurso é valioso para entender de que forma a doença está se espalhando pelo organismo. Entretanto, o procedimento cirúrgico pode ser feito também para remover um número maior de linfonodos (mais de 10 – 30 linfonodos, em alguns casos), o que recebe o nome de linfadenectomia ou esvaziamento axilar.

O cirurgião pode optar por até três níveis para realizar a remoção dos linfonodos, de acordo com a profundidade alcançada nas estruturas da região operada. Em alguns casos, esse procedimento em vigência de um caroço na mama ou câncer de mama é associado a uma cirurgia conservadora da mama ou mastectomia que irá remover o caroço, sobretudo se o tumor tiver natureza invasiva.

As técnicas cirúrgicas para tal procedimento avançaram bastante nos últimos tempos. A incisão é pequena e o tempo de cirurgia é curto. Isso, claro, não significa que o risco de complicações seja nulo.

Uma das complicações mais temidas associadas a cirurgia axilar é o chamado linfedema, caracterizado pelo inchaço no braço do lado operado. A paciente pode experimentar ainda dor, sangramentos, coágulos, perda de sensibilidade e infecções devido à cirurgia. Certamente o profissional responsável pelo acompanhamento fornecerá orientações para lidar com esses e outros desdobramentos. Movimentar a região operada e usar mangas de compressão podem reduzir o risco de um linfedema, por exemplo.

Seja como for, ao notar a presença de um caroço na axila, o primeiro passo é sempre manter a calma. Em boa parte dos casos, ele é resultado de uma alteração que não traz grandes consequências para a saúde. Ou seja, cair na tentação de se autodiagnosticar não vai ajudar em nada. Sempre que houver dúvida, é fundamental procurar ajuda especializada e sanar todos os incômodos.

Aproveite agora para saber mais sobre os linfonodos da mama e a relação deles com o câncer de mama.

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