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Cirurgia para câncer de mama: quais as opções de tratamento cirúrgico?

O diagnóstico do câncer, assim como a indicação médica para realização de cirurgia para câncer de mama, pode ser um momento de grande apreensão, dúvidas e inseguranças para as pacientes acometidas pela doença.

Contudo, a remoção cirúrgica do tumor é uma parte preponderante no tratamento do câncer de mama. A cirurgia pode ser realizada sozinha ou em conjunto com outras abordagens terapêuticas, como quimioterapia, hormonioterapia, terapia-alvo e radioterapia.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em nosso país o câncer de mama é também o tipo de câncer mais incidente em mulheres de todas as regiões, após o câncer de pele não melanoma.

As estimativas do INCA apontam que só no ano de 2022 ocorrerão 66.280 casos novos da doença.

Como nos lembra a Sociedade de Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), nas últimas décadas, o avanço da Ciência tem permitido o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas capazes de tratar a doença de modo mais individualizado e menos traumático para a paciente.

O diagnóstico precoce do câncer de mama, por meio dos exames de rastreamento, também tem colaborado para o aumento do percentual de casos de cura da doença. Assim, para buscar esclarecer as principais dúvidas das pacientes já diagnosticadas, e aumentar o conhecimento da sociedade de modo geral sobre a doença, ao longo deste artigo vamos tratar sobre os principais tipos de cirurgia para o câncer de mama.

Leia também: Como ficam as cicatrizes da mama após cirurgia do câncer?

Conheça cada tipo de cirurgia para câncer de mama

Cabe ressaltar que as características biológicas e as condições gerais de saúde apresentadas por cada paciente, assim como o estágio que a doença se encontra, são fatores essenciais a serem analisados pelo médico mastologista para determinar qual o tratamento do câncer de mama mais indicado.

Conheça a seguir os principais tipos de cirurgia para o câncer de mama:

Mastectomia

Esse procedimento cirúrgico consiste na retirada total da mama, com pele, aréola e mamilo. É indicada em tumores extensos ou com diversos focos, não sendo a cirurgia conservadora de mama uma opção estética e oncologicamente segura. Também é indicada nos seguintes casos:

  • Alteração inflamatória importante e/ou com acometimento de pele difuso pelo câncer;
  • Carcinoma inflamatório da mama;
  • Proporção tamanho do tumor versus o tamanho da mama não mostra um bom resultado estético;
  • Microcalcificações extensas e difusas na mama acometida pelo câncer de mama.

Adenectomia – mastectomia com preservação de pele

Esse tipo de cirurgia trata-se de uma mastectomia com ressecção de toda a glândula mamária, mas com preservação da pele ou pele, mamilo e papila. Em seguida ao procedimento, é realizada a reconstrução mamária, geralmente com o uso de próteses mamárias retro musculares ou subcutâneas, em alguns casos podem ser usados retalhos miocutâneos, como são o músculo grande dorsal e músculo reto abdominal.

Quatrantectomia ou cirurgia conservadora

A ressecção segmentar ou cirurgia com conservação da mama é o tratamento ideal para a maioria dos casos de câncer de mama. Desde que se possa manter um resultado estético satisfatório, esta deve ser sempre a primeira opção no tratamento cirúrgico do câncer de mama.

Este procedimento cirúrgico possui os mesmos benefícios que uma mastectomia, atualmente complementa-se esta cirurgia com a radioterapia, de forma a reduzir o risco de recidiva local da doença.

Tem indicação para tumores mamários em que a proporção entre o tamanho do tumor e o tamanho da mama permita que se retire o tumor, com pequena margem de segurança sem que haja deformidade. Idealmente tumores menores que 5 cm.

Em tumores maiores e em pacientes sabidamente candidatas à quimioterapia, pode-se utilizar a estratégia de administrar a quimioterapia neoadjuvante (antes da cirurgia) para redução do tumor e depois proceder com a operação. Isto permite, nos casos selecionados, ampliar a indicação da cirurgia conservadora.

Cirurgia axilar ou dissecção dos linfonodos axilares

A investigação dos linfonodos axilares deve ser realizada rotineiramente em casos de tumor invasivo mamário, uma vez que a mama apresenta drenagem linfática para os linfonodos da axila principalmente.

Biopsia de linfonodo sentinela

Consiste na ressecção de uma ou algumas ínguas da axila, ou seja, a identificação do primeiro linfonodo da região axilar que recebe a drenagem linfática da mama.

Pode ser realizada através da injeção de um corante azul no momento da cirurgia ou por meio da injeção de uma substância radioativa (Tecnécio 99) injetada algumas horas antes do procedimento cirúrgico.

É indicada em pacientes com câncer de mama sem acometimento axilar da doença.

Esvaziamento axilar

Conhecido como linfadenectomia axilar ou esvaziamento axilar, ou ainda linfadenectomia, este procedimento consiste em retirar os linfonodos (ínguas) presentes na região axilar. Normalmente são retiradas cerca de 10 a 20 gânglios, porém este número pode variar.

A indicação de linfadenectomia axilar é a presença de linfonodos clinicamente comprometidos no momento da cirurgia. Geralmente estes casos são submetidos à quimioterapia antes da cirurgia, mas nem sempre os linfonodos regridem.

Mastectomia para câncer de mama no homem

A mastectomia é usualmente a cirurgia realizada em homens com câncer de mama, pois o homem apresenta pouco tecido mamário para realizar uma cirurgia conservadora. O tratamento segue os mesmos protocolos do câncer de mama feminino.

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Para saber mais dúvidas sobre o câncer de mama e seus tratamentos, continue navegando por nosso blog.

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