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Mulher asiática com dor na mama

O que pode ser dor no seio? Veja uma lista com as 3 causas mais comuns para esse problema

Veja o que pode ser dor no seio, entenda como é feito o diagnóstico e confira alguns dos tratamentos mais utilizados para esse problema

É comum que mulheres de diferentes faixas etárias experimentem desconforto e sensibilidade na região das mamas. É normal se perguntar o que pode ser dor no seio, já que essa manifestação do corpo pode gerar sinais de alerta para diferentes problemas. Contudo, a chamada mastalgia (nome técnico para a dor nos seios), pode ter inúmeras causas e raramente está associada a um câncer de mama.

Entretanto, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de 70% das mulheres vão experimentar um ou mais episódios de dores na mama ao longo da vida. Vale conhecer melhor as explicações mais comuns para as dores nessa parte do corpo e entender como um médico pode orientar a mulher para lidar de forma adequada com esse problema.

1. Causas relativas ao ciclo hormonal

Em geral, as dores nas mamas não costumam ter causa bem explicada. As alterações hormonais oriundas do ciclo menstrual podem explicar o desconforto sentido por muitas mulheres. Esse tipo de manifestação recebe o nome de mastalgia cíclica.

Desse modo, a flutuação hormonal natural do ciclo menstrual pode desencadear as dores, sobretudo devido a alterações nos ductos mamários provocados pelos hormônios. No mais, modificações no uso de contraceptivos hormonais ou mesmo o início de uma gravidez são causas que podem explicar as dores.

No caso das dores relativas ao ciclo menstrual, é comum que elas apareçam em média uma semana antes da menstruação. A partir disso, as dores costumam ser difusas e bilaterais, atingindo ambas as mamas. As manifestações podem ser variadas e incluir aumento da sensibilidade, formigamento, pontadas ou a sensação de aperto na área das mamas. As dores podem se expandir para a região das axilas. Entretanto, elas tendem a se dissipar com o início da menstruação.

2. Causas não-hormonais

Já as dores de causas não hormonais também são chamadas de não-cíclicas, uma vez que elas não estão relacionadas ao ciclo menstrual. As razões mais frequentes para esse desconforto são problemas vasculares ou de natureza inflamatória.

Diante disso, quadros de infecção ou inflamação nas mamas (as chamadas mastites), traumas ou mesmo a presença de um cisto de crescimento contínuo e grande volume no seio (geralmente de caráter benigno) estão entre as causas mais comuns dessa forma de dor. O uso de sutiãs inadequados ao tamanho dos seios, bem como algumas medicações, também pode provocar dores de origem não-hormonal. Por fim, mamas volumosas também estão associadas a maior presença de quadros de mastalgia.

Por consequência, é esperado que essa dor apresente padrões de duração e intensidade variados. Além disso, quase sempre, ela atinge apenas uma mama. Em geral, ela se manifesta por meio da sensação de queimação ou de pontadas. No mais, é comum que esse desconforto suma sozinho e retorne depois de um tempo.

Leia também: O que significam as microcalcificações na mamografia?

3. Dor de origem não-mamária

As dores de origem não-mamária são aquelas oriundas de outras partes do corpo próximas à mama, fazendo com que elas pareçam estar localizadas nos seios. Ou seja, por mais que elas pareçam ser uma dor no seio, elas são provocadas por condições exteriores a essa parte do corpo.

De todo modo, uma série de problemas pode provocar essa dor nos seios. Eles vão desde desconfortos musculares nas costas, no tórax e no pescoço, fazendo com que a dor irradie pela mama, até problemas cardiovasculares, em casos em que a dor no peito se confunde com uma dor na mama.

Finalmente, uma condição conhecida como costocondrite também pode ser a explicação para o problema. Ela é causada por inflamações nas cartilagens que ligam um osso da costela ao esterno, localizada na parte da frente do tórax.

Diagnóstico e tratamento

Seja como for, o médico deve ser procurado sempre que a dor for persistente, recorrente ou piorar com o passar do tempo. Quase sempre, uma avaliação clínica e um exame físico são suficientes para identificar a provável causa. Exames de imagem são solicitados apenas se a paciente se enquadra nos parâmetros de rastreamento de câncer de mama ou se há suspeita de lesões ou formações específicas na área.

A partir disso, o tratamento envolve o uso de medicamentos para lidar com a dor e uma série de orientações para minimizar o risco de que ela volte. Em quadros mais complexos, intervenções para ajustar a flutuação hormonal podem ser indicadas. Com uma prescrição cuidadosa e o devido acompanhamento, o tamoxifeno costuma ser empregado.

Se nenhuma outra condição de base estiver associada ao problema, é esperado que as dores na mama diminuam com o passar do tempo. Entre algumas das medidas simples para isso estão:

  • O uso de sutiãs mais confortáveis e bem ajustados (de modelo esportivo, por exemplo);
  • Uma dieta equilibrada e livre do excesso de gordura, açúcar e cafeína;
  • Prática regular de exercícios físicos.
  • Manutenção de um peso saudável.

Entender o que pode ser dor no seio nem sempre é fácil, sobretudo quando se leva em conta que isso se resolve por conta própria em parte considerável dos casos. Por outro lado, a mulher deve ficar atenta ao seu corpo e procurar suporte médico sempre que o problema estiver comprometendo sua qualidade de vida ou gerando ansiedade sobre sua condição de saúde.

Veja também o que pode provocar a coceira nas mamas, outro problema comum entre as mulheres.

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