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Mulher se abanando devido ao calor

Como eu sei que estou entrando na menopausa? Entenda alguns possíveis sinais

Afinal, como eu sei que estou entrando na menopausa? Essa pergunta frequente pode ser respondida

a partir da manifestação de certos sinais

A entrada na menopausa é um fenômeno esperado na trajetória de qualquer mulher. A expectativa é de que todas elas passem ao menos um terço de suas vidas no período que compreende o fim do ciclo reprodutivo. Ainda que tal condição tenha um caráter não-patológico, ela pode desencadear sintomas desconfortáveis em diferentes escalas. Assim, é normal que todas as mulheres se perguntem, “afinal, como eu sei que estou entrando na menopausa?”

Com isso, embora cada uma possa sentir de forma diferentes as alterações do período, é possível indicar os sinais mais comuns desse novo estágio da vida. No mais, isso pode ser útil para que mulheres mais afetadas pelos sintomas característicos possam procurar ajuda e reduzir o impacto que isso pode ter sobre o bem-estar.

O que caracteriza e desencadeia a menopausa?

De forma resumida, a menopausa é um evento fisiológico que marca a última menstruação da mulher. Para isso, é levado em conta um período de ao menos 12 meses sem que haja nenhuma menstruação, desde que isso não tenha sido provocado por uma doença, interrupção induzida do sangramento, gravidez ou qualquer outra causa desconhecida.

Em média, ela pode ocorrer entre os 45 e os 55 anos, mas isso não é uma regra. Com isso, há mulheres que podem alcançar esse período antes ou depois. Em casos raros, mulheres podem experimentar menopausas precoces, por exemplo. Dessa forma, elas atingem esse estágio antes dos 40 anos.

Além disso, existem as menopausas desencadeadas por fatores não naturais, como a retirada de ovários e útero ou devido a ação de determinadas intervenções clínicas, como quimioterapia, radioterapia e o uso de determinados fármacos.

Seja como for, a menopausa é consequência de alterações profundas da disponibilidade de determinados hormônios, principalmente devido à interrupção das atividades dos ovários. Todos os óvulos produzidos por uma mulher ao longo da vida são originados a partir de folículos. O número de folículos disponíveis é definido no momento da formação do organismo feminino, no útero materno.

Quando eles acabam, o corpo da mulher deixa de gerar novos óvulos e perde a capacidade de produzir novos hormônios devido a inibição da atuação dos ovários. Progressivamente, isso leva a redução do nível de hormônios como o estrogênio e a progesterona. Assim, pouco a pouco as menstruações se tornam mais irregulares e espaçadas, até cessaram por completo.

Por fim, vale reforçar que a menopausa está dentro do que é chamado de climatério. Esse período engloba toda a transição do período reprodutivo para o não reprodutivo de uma mulher, culminando com a menopausa (ou seja, a última menstruação). Embora sejam conceitos similares, eles não são sinônimos.

Quais são os sinais de que o organismo está entrando na menopausa?

Embora atravessar o climatério e chegar na menopausa possa ser uma experiência com sinais que variam de acordo com cada mulher, é possível apontar os sintomas mais comuns dessa alteração fisiológica. Entre eles estão:

  • redução no fluxo e regularidade das menstruações, até a interrupção por completo;
  • sintomas vasomotores, que provocam os chamados “fogachos”, ondas de calor súbitas que atingem sobretudo o rosto e o pescoço. Eles podem ser intensos e atrapalhar atividades de rotina;
  • enxaquecas e outros tipos de dores de cabeça, com ou sem a chamada aura. Esse sintoma pode ser agravado devido ao uso de álcool, tabaco ou pelo estresse;
  • desconforto urinário, como a dificuldade para esvaziar a bexiga, sensação urgente de vontade de urinar ou mesmo infecções urinárias e ginecológicas mais constantes;
  • redução da libido, ressecamento vaginal e dor na penetração durante o ato sexual;
  • aumento de sintomas de natureza emocional, como irritabilidade, ansiedade, depressão, problemas para dormir e prejuízo à autoestima;
  • alterações no peso, tanto para cima, quanto para baixo;
  • redução da massa óssea, que pode provocar quadros de osteopenia e osteoporose;
  • aumento da pressão arterial, fator de risco para uma série de doenças cardiovasculares.

Em geral, nenhum exame laboratorial ou de imagem é feito para confirmar a menopausa. Com isso, a avaliação de um médico, levando em conta os sintomas relatados e a idade da paciente, é suficiente para determinar a presença da condição. No mais, é necessário sempre considerar diagnósticos diferenciais, principalmente em mulheres mais jovens.

Leia também: O que você precisa saber sobre a relação e os riscos do uso de anticoncepcionais e o câncer de mama

O que pode ser feito para reduzir os sintomas da menopausa?

A partir da constatação de que a mulher entrou na menopausa, diversas intervenções podem ser implementadas para reduzir o desconforto gerado pelos diferentes sintomas do período. Eles podem ser direcionados tanto para contornar os desequilíbrios hormonais característicos dessa fase da vida, quanto para minimizar o comprometimento da qualidade de vida da mulher.

Do ponto de vista hormonal, a terapia de reposição costuma ser o tratamento mais adotado. Ela é capaz de reverter uma série dos sintomas da menopausa e prevenir doenças agravadas pelas disfunções hormonais, como a osteoporose, por exemplo. Contudo, sua prescrição deve ser cuidadosa. Seu uso está associado a um risco maior de desenvolver algumas doenças, inclusive alguns tipos de câncer (entre eles nas mamas e no endométrio).

Os chamados de moduladores seletivos do receptor de estrogênio podem contribuir para reduzir os sintomas de forma similar à terapia hormonal. O médico pode prescrever também medicamentos de natureza não-hormonal. Entre eles estão os inibidores seletivos de recaptação de serotonina, antidepressivos amplamente usados e que apresentam bons resultados, principalmente em relação aos sintomas vasomotores. Além disso, existem prescrições que devem ser feitas em caso de perda óssea acentuada.

Por fim, mudanças no estilo de vida também são excelentes aliadas. A manutenção do peso, a prática de exercícios físicos e uma dieta equilibrada contribuem para uma melhor qualidade de vida da mulher nesse período. Se for o caso, o médico pode ainda prescrever determinados suplementos alimentares para minimizar determinados sintomas e prevenir certas condições a partir da constatação que a mulher está entrando na menopausa.

Agora aproveite e veja mais o que você precisa saber sobre a perda óssea na menopausa.

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