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Médica explicando sobre esteatonecrose para paciente que está em pé ao seu lado

O que é uma esteatonecrose na mama? Veja como ela se desenvolve e quais os sintomas?

Embora possa despertar preocupação por causa de sintomas muitas vezes similares ao câncer, a esteatonecrose na mama geralmente é uma alteração benigna

A esteatonecrose na mama, também chamada de necrose gordurosa, é uma alteração no tecido mamário, que armazena as células de gordura. Em alguns casos, tais modificações podem dar origem a um nódulo mamário, ainda que quase sempre não estejam associados a nenhum quadro maligno. Traumas e ferimentos, incluindo procedimentos cirúrgicos, e exposição à radiação (em sessões de radioterapia, por exemplo), são as causas mais comuns do aparecimento do problema.

Seja como for, é natural que mulheres que se deparam com tal tipo de formação fiquem preocupadas. Com isso, vale entender melhor as características dessas lesões e saber quais são os cuidados necessários para acompanhar e resolver a evolução dessa necrose.

Como uma esteatonecrose na mama se forma?

A necrose gordurosa pode atingir qualquer tecido do organismo que contenha células adiposas em grande quantidade. As células adiposas, por sua vez, são aquelas que armazenam quantidades significativas de gordura sob a pele.

As mamas estão sujeitas ao desenvolvimento de episódios de esteatonecrose justamente por ser uma área com acúmulo importante desse tecido. O problema costuma surgir como consequência de procedimentos como cirurgias, biópsias, exposição à radiação durante sessões de radioterapia ou mesmo traumas (como uma queda, por exemplo).

A evolução de uma esteatonecrose na mama passa por diferentes estágios. Em um primeiro momento, as células adiposas da área atingida morrem e liberam a gordura armazenada dentro delas. Esse material forma os chamados cistos oleosos.

Com o passar do tempo, calcificações se formam ao redor desse cisto, tornando-o perceptível inclusive em mamografias. À medida que o processo segue, tecidos fibrosos podem se acumular justamente para reparar o dano ao tecido adiposo. O intervalo entre a lesão ou o trauma e a formação da esteatonecrose pode se estender por meses ou até anos.

Durante a sua evolução, a necrose na mama pode ser percebida diante de alterações na pele da região e da formação de um nódulo. A região afetada pode ficar sensível e dolorida em alguns casos, embora isso não seja uma regra. Os mamilos também podem sofrer modificações na sua aparência.

Mulheres de qualquer idade podem sofrer com a necrose gordurosa da mama. Apesar disso, parece haver um risco conforme a presença de alguns fatores, como idade avançada, histórico de tabagismo e obesidade e, claro, o tratamento contra um câncer de mama.

De que forma o diagnóstico dessa condição é feito?

Notados os sintomas de uma esteatonecrose na mama, um médico pode avaliar a condição e solicitar a realização de exames de imagem para identificar a natureza do nódulo. Entretanto, é comum que a necrose da mama seja confundida com uma série de outras lesões, fazendo da confirmação do diagnóstico um desafio. Entre os problemas que também podem explicar estruturas similares estão cistos mamários, fibroadenomas, tumores filoides ou mesmo carcinomas mamários.

Dessa forma, é provável que o médico responsável pelo acompanhamento solicite avaliações adicionais para determinar o que está causando tal problema. Em casos duvidosos, uma biopsia poderá ser solicitada Com isso, é possível descartar a possibilidade de que o tecido afetado tenha células cancerígenas, por exemplo.

Como esse problema é resolvido?

Em boa parte dos casos, os episódios de esteatonecrose na mama não precisam ser tratados, uma vez que desaparecem por conta própria. Essa costuma ser a abordagem padrão principalmente quando a alteração identificada é pequena e não causa desconforto.

É preciso considerar que a necrose gordurosa pode afetar o resultado estético de determinados procedimentos feitos para recompor a aparência na mama, desencadear infecções ou gerar ansiedade adicional em pacientes submetidas ao tratamento contra um câncer de mama. Além disso, o problema pode gerar preocupação também quando provoca dor e cresce significativamente com o passar do tempo.

Assim, a remoção pode ser indicada. Ainda que uma cirurgia possa ser utilizada nos casos em que a extensão da necrose é grande, na maioria dos casos é possível recorrer a uma biópsia excisional. Esse recurso permite que o médico “esvazie” o conteúdo do nódulo ou do cisto. Essas intervenções tendem a ser simples, mas podem deixar pequenas cicatrizes.

Veja também: O que são as lesões pré-cancerígenas na mama?

A esteatonecrose pode ter relação com o risco de desenvolver câncer de mama?

Não há nada que aponte para a conexão entre a formação de uma necrose na mama e um maior risco de desenvolver um câncer de mama, conforme indica a Sociedade Norte-Americana do Câncer. É improvável também que a esteatonecrose evolua para uma condição maligna. Por outro lado, como já destacado, o problema pode estar associado a algumas terapias comuns no tratamento de um tumor na mama, como cirurgias e sessões de radioterapia.

Logo, é importante manter-se em contato com seu médico e informá-lo de qualquer alteração na mama que possa despertar preocupação. Essa orientação leva em conta, sobretudo, o fato de que em muitos casos, a esteatonecrose na mama pode se assemelhar a um tumor, gerando angústia na paciente.

Agora aproveite e veja quando um caroço na axila pode ser sinal de alerta para procurar ajuda médica.

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