
Como a mamoplastia em L e a técnica de short scar podem beneficiar pacientes com câncer de mama
O tratamento do câncer de mama frequentemente envolve procedimentos cirúrgicos que afetam a aparência das mamas e, por consequência, a autoestima das pacientes. Nesse contexto, técnicas especializadas como a mamoplastia em L e a short scar surgem como alternativas valiosas para a preservação estética das mamas.
Portanto, compreender tais recursos é um ponto importante para orientar adequadamente a escolha da melhor intervenção em cada caso.
O que é e quais os objetivos de uma mamoplastia em L?
A mamoplastia em L é uma técnica cirúrgica especializada que recebe esse nome devido ao formato característico das incisões realizadas, que lembram a letra “L“, cuja base percorre o sulco da mama (onde há o encontro com o tórax).
Esta abordagem representa uma evolução, superando os resultados de uma cicatriz mais extensa em formato de “T”, que ocupa uma área maior da mama operada. Ou seja, aumentam as chances de se obter resultados estéticos naturais e harmoniosos.
Sua aplicação é bastante versátil, podendo ser feita tanto em procedimentos reconstrutivos quanto em cirurgias estéticas.
Durante o procedimento, as incisões em “L” são planejadas considerando a anatomia da paciente. Após a remoção ou remodelagem do tecido, o cirurgião reposiciona cuidadosamente o que restou, mantendo volume adequado e formato natural. Tal alternativa é especialmente vantajosa para pacientes que necessitam de:
- remodelagem do formato dos seios;
- correção de deformidades (como assimetrias ou quedas dos tecidos mamários, por exemplo);
- procedimentos que exigem acesso amplo a diferentes regiões da mama e que podem alterar a sua aparência.
A preservação da aparência natural das mamas e a obtenção de resultados estéticos harmoniosos contribuem diretamente para a melhoria da autoestima e da qualidade de vida.
Muitas mulheres relatam maior confiança em suas relações interpessoais, mesmo em aspectos que podem ser vistos como simples em um primeiro momento (como o uso de roupas decotadas ou trajes de banho).
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Qual a diferença entre mamoplastia em L e técnica de short scar?
A técnica de short scar (ou cicatriz curta, na tradução livre) busca a minimização das cicatrizes resultantes da cirurgia.
Para isso, são utilizadas incisões menores e mais discretas, geralmente limitadas à região ao redor da aréola (a área escura do mamilo), formando um “L” ou “T” bem pequeno. Assim, é possível eliminar ou reduzir significativamente a abertura horizontal que percorreria parte da mama.
Em geral, a técnica de short scar é ideal para pacientes que necessitam de reduções mamárias de menor extensão, lifting mamário ou correção de ptose (queda) sem tanto impacto das cicatrizes.
Por outro lado, a mamoplastia em L oferece maior flexibilidade de acesso e é mais versátil para procedimentos que requerem modelagem ampla ou correção de deformidades complexas.
Ainda assim, ambas as alternativas buscam sempre preservar a funcionalidade mamária, otimizar resultados estéticos e minimizar a aparência das incisões.
Contudo, a escolha entre elas depende de fatores como anatomia individual, quantidade de tecido a ser removido, expectativas da paciente e preferência do cirurgião. Eventualmente, pacientes com quedas mamárias muito acentuadas não se beneficiam da mamoplastia em L, por exemplo, como indicado em uma publicação da Revista Brasileira de Cirurgia Plástica.
Como esses recursos são utilizados em pacientes com câncer de mama?
No contexto de um tratamento oncológico, tanto a mamoplastia em L quanto a técnica de short scar podem ser integradas ao plano cirúrgico para oferecer uma solução que combine eficácia terapêutica com preservação estética.
Para pacientes submetidas à lumpectomia ou quadrantectomia (ou seja, que não removem a mama por completo, como a mastectomia), essas técnicas permitem que a remoção do tumor seja realizada simultaneamente com a reconstrução mamária.
Isso evita a necessidade de um segundo procedimento estético, reduzindo riscos, custos e o tempo de recuperação.
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Em paralelo, essas abordagens também são valiosas para pacientes que já apresentavam questões estéticas pré-existentes, como assimetrias, flacidez ou mamas com tamanho desproporcional. A cirurgia oncológica pode ser aproveitada como oportunidade para corrigir essas questões simultaneamente, sempre mediante avaliação profissional.
Seja como for, mulheres que podem preservar a aparência de suas mamas durante o tratamento do câncer frequentemente apresentam melhor autoestima e qualidade de vida no período pós-operatório.
Ademais, é fundamental que a decisão seja sempre tomada em conjunto com os profissionais responsáveis pelo acompanhamento. Eles devem levar em conta fatores como:
- estágio do tumor e localização da lesão cancerígena;
- tamanho da mama;
- condições gerais de saúde da paciente;
- preferências individuais da mulher.
Em suma, tanto a mamoplastia em L quanto a técnica de short scar representam avanços significativos, oferecendo às pacientes com câncer de mama a possibilidade de tratamento eficaz sem comprometer significativamente a aparência e a autoestima depois do fim do tratamento.
Saiba agora quais os benefícios da mastopexia realizada na mesma cirurgia de remoção do câncer de mama.