Metástase óssea do câncer de mama: entenda mais sobre os sintomas e tratamentos para esse quadro
A metástase óssea é a forma mais comum de disseminação de um câncer de mama além do local de diagnóstico original.
Embora haja boas chances de cura, sobretudo quando diagnosticado em estágios iniciais, alguns casos de câncer de mama podem evoluir para quadros mais graves. Nesses cenários, a chamada metástase óssea pode ser parte da evolução da doença.
Ainda que tal situação assuste quem está em tratamento contra um câncer de mama, é importante repassar quais são os sinais e sintomas que podem indicar que as células cancerígenas progrediram aos ossos e quais as possíveis consequência disso, além das opções de tratamento disponíveis.
O que define um quadro de metástase óssea?
Em linhas gerais, quando falamos em metástase, estamos nos referindo ao tumor que progrediu para além do seu local original de diagnóstico. Assim sendo, no caso de uma metástase óssea, isso acontece quando o tumor localizado apenas na mama atinge também os ossos devido a disseminação das células cancerígenas pelo sangue e via linfática.
Em geral, uma metástase surge por conta de células que permaneceram no corpo, inclusive nos ossos, após o fim do tratamento e que por motivos ainda não muito bem conhecidos, voltam a se replicar.
Isso pode acontecer em intervalos que variam entre meses ou mesmo anos após o diagnóstico inicial. Entretanto, suspeita-se que a chance de recidiva esteja associada a aspectos biológicos do tumor e ao estágio em que ele foi identificado.
As evidências disponíveis apontam que a metástase óssea é a forma mais comum de disseminação do câncer de mama pelo corpo, ficando à frente de órgãos como os pulmões, o fígado e o cérebro. Os ossos mais atingidos costumam ser o do crânio, da coluna, das costelas, da pélvis e da parte superior dos braços e das pernas.
Vale reforçar que ter uma metástase óssea decorrente de um câncer de mama não é a mesma coisa que ter um câncer nos ossos e nem diz respeito a um tipo específico de câncer de tumor na mama.
Quais são os principais sinais e sintomas de uma metástase óssea?
A dor costuma ser a primeira e principal alteração provocada por um câncer que atinge os ossos. Ela geralmente tem início súbito, é de intensidade considerável e atinge pernas, braços ou pescoço. É natural ainda que ela piore em determinados momentos do dia (à noite), por exemplo. No mais, entre outros sinais e sintomas de uma metástase óssea estão:
- Dor súbita, principalmente nas costas braços e pernas, que gera incapacidade para caminhar ou se movimentar;
- Sensação de formigamento em partes do corpo;
- Dificuldade em controlar a vontade de ir ao banheiro para urinar ou defecar;
- Perda de força, fadiga constante e fraqueza;
- Perda de peso e desidratação;
- Confusão mental;
- Altas concentrações de cálcio no sangue.
Com a progressão do problema, podem surgir fraturas nos ossos afetados, o que pode gerar prejuízos à mobilidade. Além disso, algumas das alterações notadas nesse quadro podem ser resultado da compressão da medula espinhal e dos nervos responsáveis por uma série de funções do organismo.
Contudo, não é raro que a paciente confunda a dor da metástase óssea com outros problemas de saúde, como quadros de artrite, por exemplo. Por isso, quem teve um câncer de mama e passa a experimentar dores que não vão embora e que só pioram com o tempo, deve estar atenta a tal desconforto e procurar ajuda médica o quanto antes.
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Quais as abordagens terapêuticas mais indicadas nesse estágio?
A partir do momento em que se desconfia que o tumor se espalhou pelos ossos, o médico pode solicitar exames para confirmar ou descartar essa hipótese. Entre os mais utilizados para esse fim, não necessariamente nessa ordem, estão:
- Raios-X;
- Tomografias computadorizadas;
- Ressonância magnética;
- Cintilografia óssea.
- PET-CT;
- Determinados testes sanguíneos para detectar a presença de substâncias associadas à degradação dos ossos;
- Biópsia.
Confirmada a suspeita de metástase óssea, médico e paciente podem discutir quais as melhores abordagens dentre os tratamentos disponíveis para encarar tal condição. Elas são destinadas a controlar a progressão das células cancerígenas, reduzir a dor e, ao mesmo tempo, conter a degradação dos ossos e eventuais problemas associados a isso.
Seja como for, as chamadas terapias sistêmicas costumam ser as primeiras alternativas nesses casos. Como o nome indica, elas são aquelas que atuam no corpo todo e não apenas no foco do tumor.
Entre as opções de terapia sistêmica mais comuns estão a quimioterapia, a hormonioterapia, e imunoterapia, bem como determinadas terapias-alvo. Adicionalmente podem ser prescritas sessões de radioterapia e cirurgias para abordar localmente a progressão do tumor nos ossos.
Por fim, o médico pode prescrever medicamentos destinados a fortalecer os ossos, com o intuito de reduzir o dano provocado a esses tecidos. É importante ressaltar que cada tratamento pode ter seus efeitos colaterais, que devem ser ponderados antes da introdução da terapia escolhida.
De todo modo, com a abordagem adequada, é possível retardar a progressão de uma metástase óssea e melhorar as perspectivas de prognóstico, ampliando também o bem-estar da paciente diante dessas circunstâncias.
Aproveite e entenda melhor como funcionam os exames que permitem detectar uma metástase óssea.