Blog

Mulher sentindo dor nos seios

O que é mastite na mama e como tratar?

A mastite na mama é uma inflamação mamária muito recorrente e causada pelo acúmulo de leite estagnado em um ou mais ductos lactíferos, por períodos muito longos

A mastite é uma inflamação mamária que pode vir acompanhada de infecção, podendo acontecer durante a amamentação, no pós-parto ou fora deste período, em qualquer idade, inclusive também em homens.

Inchaço, vermelhidão e dor fazem parte do quadro clínico dos sintomas da inflamação causada pela mastite. Também há a possibilidade de evoluir para um abscesso mamário (coleção de pus), agravando os sintomas e provocando febre e até calafrios.

A mastite mais comum é a lactacional, que acontece durante o aleitamento materno. Sendo causada pelo acúmulo de leite estagnado em um ou mais ductos lactíferos, por períodos muito longos.

Observa-se que a mastite geralmente ocorre nas primeiras semanas do pós-parto, mas pode também ocorrer em qualquer fase da lactação.

O sabor do leite também é alterado, tornando-se mais salgado devido ao aumento dos níveis de sódio e diminuição dos níveis de lactose, o que pode sim causar rejeição do leite pela criança.

De acordo com Sociedade Brasileira de Mastologia, muitos fatores interferem de forma direta na decisão da mulher de realizar o desmame, sendo que o principal deles está associado a complicações na lactação, como a dor e mastite.

Uma curiosidade sobre a mastite é que na grande maioria dos casos, a mastite afeta apenas uma mama. O desenvolvimento dos sintomas geralmente ocorre em até dois dias.

Apesar do principal tipo de mastite ser a lactacional, ou seja, associada à lactação, existem outros tipos de mastite não-lactacional.

A principal mastite não-lactacional é a mastite periductal, associada a inflamação dos ductos principais, localizados próximos à aréola. Está muito relacionada ao tabagismo.

Entre outros tipos de mastite não-lactacional, estão a mastite granulomatosa idiopática, de causa desconhecida e mastite causada por agentes incomuns, como fungos e tuberculose.

Leia também: O que pode ser pus na mama?

Principais causas da mastite

As principais causas da mastite observadas são a estase lática, causada por uma remoção ineficiente do leite e infecção. Além disso, outros fatores que podem deixar a mulher cada vez mais exposta à mastite e que precisam ser observados são:

1. Idade;

2. Estresse;

3. Fadiga;

4. Nível de escolaridade da mãe;

5. Trauma mamilar;

6. Fissura mamilar.

É estimado que 3% a 20% das mulheres desenvolvem pelo menos um episódio de mastite durante o período de amamentação.

Fatores que aumentam risco de mastite

Existem alguns fatores que podem elevar o risco de desenvolver mastite. Confira:

1. Piercing nos mamilos;

2. Depilar os pelos ao redor do mamilo;

3. Fumar;

4. Ser uma pessoa com diabetes;

5. Prótese nas mamas;

6. Sistema imunológico debilitado;

7. Roupas muito apertadas;

8. Mamilos rachados;

9. Cansaço ou estresse excessivo.

Diagnóstico e tratamento

É possível realizar o diagnóstico de mastite por meio de história clínica e exames da mama.

O tratamento deve ser realizado e acompanhado pelo médico mastologista e pode consistir no uso de medicamentos podendo ser antibióticos – caso exista infecção – e também analgésicos para aliviar as dores nas mamas, devido à mastite.

Se a mulher estiver amamentando e desenvolver mastite, esvaziar as mamas de forma correta é a melhor solução, e a própria mulher pode realizar o esvaziamento, sempre com a orientação médica.

5 dicas para aliviar mastite

Para além do tratamento e acompanhamento médico necessários, existem também algumas dicas que podem ajudar a aliviar os sintomas da mastite:

1. Continuar a amamentar;

2. Ingerir água;

3. Repousar;

4. Evitar depilar ao redor dos mamilos;

5. Massagear os seios para não obstruir o canal por onde passa o leite.

Dá para prevenir a mastite?

É possível se precaver e seguir essas dicas que podem até parecer simples, mas a função é ajudar a prevenir a mastite e o aparecimento de lesões e fissuras nos mamilos também.

1. Não estabeleça horários fixo para amamentar o seu bebê;

2. Intercale compressas de água fria com compressas de água quente na mama, na região da aréola e do mamilo;

3. Somente ofereça o outro peito com o bebê finalizar por completo o primeiro.

Pode ficar tranquila! A mastite tem cura e deve ser tratada o quanto antes, prevenindo uma possível infecção mais grave.

Esse conteúdo foi útil para você? Então, compartilhe com outras mulheres que precisam saber mais sobre a mastite. Para mais conteúdos como este, continue navegando no nosso blog.

Médica mastologista especializada em reconstrução mamária. Além de sua prática clínica, Dra. Brenda atua como mastologista no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, é preceptora da residência médica de Mastologia na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-UNIFESP) e membro titular da Sociedade Brasileira de Mastologia. | CRM-SP 167879 / RQE – SP Cirurgia Geral: 81740 / RQE – SP Mastologia: 81741

ps.in@hotmail.com

Sem comentários
Comentários
Nome
E-mail
Website