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Mulher recebendo radiação tratamentos de terapia para o câncer de mama

Como é feita a radioterapia na mama? Veja como funciona!

Você sabe como é feita a radioterapia na mama? Neste artigo, vamos falar mais sobre esse tratamento, seus benefícios, os alertas e as opções disponíveis

Quando diagnosticado em estágio inicial, o câncer de mama tem altas chances de ser combatido com sucesso e, para isso, conta com diversos tipos de tratamentos, considerados menos agressivos, como é o caso da radioterapia.

Neste artigo, vamos falar mais sobre o que é esse tratamento, seus benefícios, os alertas e te contar como é feita a radioterapia na mama.

O que é a radioterapia em geral?

De modo simples, a radioterapia nada mais é que a utilização de energia ionizante para destruição de células malignas e controle do crescimento de tumores. A medicina tem utilizado a radioterapia para o tratamento de cânceres há mais de um século, desde a descoberta do raio x e seus elementos radioativos como o polônio e o rádio.

Inicialmente, a radiação era aplicada com baixa voltagem para tratar tumores superficiais, mas também foi descoberto que uma maior intensidade pode ser necessária para tratar os tumores internos.

Falando mais tecnicamente, a radiação ionizante trabalha causando danos no DNA do tecido cancerígeno e, consequentemente, matando suas células, o que o impede que elas se multipliquem.

Quais os tipos de radioterapia na mama?

Existem dois tipos principais de radioterapia para o tratamento de câncer de mama que veremos a seguir. O primeiro tipo, chamado de radioterapia externa se divide em subcategorias. Já o segundo tipo chamado de braquiterapia. E há ainda há um terceiro tipo de aplicação, chamado de radioterapia intraoperatória. Exploramos melhor esse tratamento em um artigo específico que você pode conferir aqui, também no meu blog.

1. Radioterapia externa ou convencional

Este primeiro tipo é o mais utilizado para tratar o câncer de mama e costuma ser aplicado diariamente, o que requer uma organização de agenda e comprometimento por parte das pacientes.

Nesse tratamento, é utilizada uma máquina chamada de Acelerador Linear (LINAC, do inglês, Linear Particle Accelerator), que é posicionada para disparar os Raios-X com alta energia. Pode ser aplicado tanto na área total da mama quanto apenas nas áreas afetadas pelos tumores.

Radioterapia da mama completa

Neste tipo de terapia, dois raios são utilizados de lados opostos para se cruzarem atingindo a área afetada. Um deles começa no lado da mama e aponta para o meio do peito, onde fica o esterno (osso do peito). Outro raio tem início no peito e é direcionado para o lado.

Agora uma curiosidade! Como a radioterapia externa é aplicada diariamente, para alguns pacientes pode ser impossível organizar a agenda e cumprir todos os dias de tratamento, principalmente, para quem mora longe da clínica de tratamento. Então, a American Society for Radiation Oncology publicou uma atualização das diretrizes, colocando o tratamento acelerado como o padrão de cuidado. Ou seja, normalmente, esse tratamento durava de 5 a 7 semanas, mas utilizando doses maiores de radiação, é possível reduzir o tempo para 3 a 5 semanas pelo tratamento acelerado. A seguir, entenda melhor como ela funciona.

Radioterapia parcial acelerada

O tratamento de radioterapia parcial acelerada é o mais considerado pelos médicos quando o câncer se encontra em estágio inicial. Essa técnica consiste em usar uma dose muito maior, por um período mais curto, apenas na área afetada.

No entanto, há duas condições que são consideradas para indicar essa técnica:

  • Mulheres com mais de 50 anos que não tenham a mutação do gene BRCA, diagnosticadas com câncer do tipo HER2+ de 2 cm de tamanho ou maior, que tenha sido removido com margem de 2 mm ou mais e sem vestígios de células cancerígenas no sangue ou sistema linfático;
  • Mulheres diagnosticadas com DCIS (Carcinoma Ductal in Situ) de baixo a médio grau, com 2.5 cm ou menor que tenha sido removido com margens de 3 mm ou mais.

2. Terapia interna ou braquiterapia

O segundo tipo, a braquiterapia, é pouco utilizada na prática clínica, sendo mais descrita na literatura. É conhecida como a terapia de aplicação interna da radiação e, normalmente, leva em consideração o tamanho e a posição do câncer.

De acordo com a American Brachyterapy Society, as condições são: mulheres com 45 anos de idade ou mais, diagnosticadas com DCIS ou câncer de mama em estágio inicial removido por lumpectomia que:

  • São HER2+ ou HER2-;
  • Tenham o câncer com 3 cm ou menor;
  • Não tenham detectado câncer nos linfonodos;
  • Células cancerígenas não tenham atingido o sistema linfático;
  • Não tenham apresentado células cancerígenas na margem do tecido saudável, removido com o câncer.

O método da braquiterapia consiste em implantar as chamadas sementes radioativas em volta da área na qual estava o câncer. Essas sementes emitem a radiação aos tecidos à sua volta para evitar a recorrência, já que as áreas próximas são as que têm maior chance de reincidência das células malignas.

Cuidados durante a radioterapia

Durante o período de radioterapia, é necessário tomar alguns cuidados para aproveitar o máximo do tratamento.

  • Exposição ao sol: a recomendação é para que o paciente não se exponha ao sol durante o tratamento. No entanto, sempre que for inviável manter-se completamente protegido do sol, é indicado fazer uso de protetor solar de boa qualidade e com alto FPS, além de proteção física (manga comprida, óculos, chapéus etc);
  • Contato com o cloro: muito utilizado em piscinas, o cloro pode ressecar a pele na área afetada e piorar qualquer reação;
  • Vitaminas A, C, D e E: principalmente quando obtidas por meio de suplementos, essas vitaminas interferem na reação da radiação, impedindo que as células cancerígenas sejam destruídas;
  • Alimentação: a boa alimentação é a base para o tratamento de qualquer doença e no câncer não é diferente. Além disso, as vitaminas naturais da comida costumam não interferir no tratamento de radioterapia.

Quando a radioterapia é contraindicada?

Agora que você já sabe como é feita a radioterapia na mama e que ela é aplicada após as cirurgias de quadrantectomia ou mastectomia, principalmente para evitar o desenvolvimento de novo câncer na mesma área, também é muito importante saber quando ela não é indicada. E as situações são:

  • Se a paciente tiver doença conjuntiva de tecido, como esclerodermia, porque proporciona uma hipersensibilidade aos efeitos colaterais da radiação;
  • Se a paciente estiver grávida, pois a radiação pode prejudicar o bebê;
  • Se não for possível se comprometer com a agenda de tratamento, normalmente, pela distância da casa até a clínica.

Independentemente dos tratamentos, é muito válido reforçar que as chances de cura do câncer são altas em estágios iniciais, mas, para isso, a protagonista deve ser você, então se atente sempre e, ao notar sinais, procure um especialista!

Gostou desse conteúdo? Confira mais artigos do meu blog aqui!

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